Sem a seda dos teus braços,
que me embala, me seduz.
Sem o abraço do teu riso,
que é o meu céu, minha luz.
E sem esperança
de que a mudança virá
e que um dia a antiga alegria
entre nós brilhará.
Sem o sol do teu cabelo.
Sem o mel da tua voz.
Sem a ideia de que em tudo
não sou só eu: somos nós.
E sem certeza
que a minha tristeza se vai
e que o manto
do meu desencanto
se desprende e cai.
Perdido, já não sou quem era
e sei que ainda espera por mim
tanta mágoa!
Sem as estrelas dos teus olhos,
sem a lua na tua pele.
Sem o meu sonho, que se rasgou
como folha de papel.
Sem o ombro sereno
que era o meu refugio, o meu cais.
E onde já não me vou abrigar,
consolar nunca mais.
Sem a sombra da ternura
que encontrei e se perdeu.
Sem o amor que, ainda há pouco,
eu julguei, julguei que era meu...
domingo, setembro 10, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário