quarta-feira, agosto 29, 2007

Com uma lágrima Boa noite! (By me)

Hoje despeço-me de ti,
Nunca mais verei
O brilho do teu olhar,
Nem escutarei
O som do teu respirar!

Hoje despeço-me de ti,
Retiro-me do teu caminhar,
Não saberei mais de mim,
Não vou mais sonhar!

Hoje despeço-me de ti,
Numa noite fria
De calmo recordar…
Lembro o teu sorriso
E só quero chorar!

Oh, meu Deus,
Como é belo o teu sorrir…
Mas desta lembrança
Tenho que desistir!

Doce paixão
Que criaste tanta ilusão
Quando prendeste
O meu coração!

Meu amor…
Hoje despeço-me de ti…
Recordo tudo o que foste
Aquilo que contigo vivi…
… Com uma lágrima…
Boa noite!

Prometi não chorar! (By me)

Por entre meus pensamentos
Nascem feridas
Negras de paixão.
Meu coração chora
E minha alma está perdida…
Meus lábios sorriem
E meus olhos dizem-se alegres…
Mas oh… só eu sei o que eles sentem,
Só eu sei o quanto mentem…
Todos os poros da minha pele
Suam tristeza,
Não sei se passará,
Não tenho certeza…
Os meus sentimentos
Estão trémulos…
Mas prometi não chorar,
Prometi que hoje
Iria aguentar…
Mas preciso explodir
E de minha promessa desistir…
Tão forte me julgava,
Mas como fraca sou…
O meu peito em aperto
Grita de raiva e de dor…
Um grito tão intenso,
Que ninguém ouve
Mas que dentro de mim
Eu sei que se move!
Mas ninguém saberá…
Ninguém estas lágrimas verá…
Agora, novamente,
Vou sentar-me no meu canto
Escuro e isolado…
As lágrimas correrão,
Os soluços sairão…
Mas não… ninguém vai ouvir…
Vou chorar…
Mas amanhã
Só eu saberei!

Hoje recordei-te

Hoje encontrei-te,
Por entre versos antigos,
Papeis já rasgados,
Caminhos cansados
Letras já apagadas!

Encontrei-te e lembrei-te…
Desejei voltar
Aquela época
Em que tudo
Entre nós
Era tão perfeito!

Aquela história,
Que juntos vivemos,
Aqueles sonhos
Que ambos tivemos,
Aqueles momentos
Que só a nós pertenceram!

Recordei o teu sorriso,
O teu olhar,
O teu beijo,
O teu abraço…

Lembrei o teu andar,
O teu cheiro,
A tua forma de amar,
O teu jeito de sonhar!

Recordei-te em papeis,
Em cartas lidas,
Em letras relidas…
Em frases ditas
E até nas não ditas!

Lembrei a forma
Como me falavas
Quando apenas
Me tocavas…
A maneira
Como te ouvia
Mesmo quando
Nada da tua boca saía!

Recordei,
E tão bom foi recordar…
Foi como naquele sonho
Que tiveste…
Aquele em que choraste
Com medo de acordar,
Pois era nesse dia
Que me irias deixar!

O teu beijo ficou
Como que uma ferida
Que não cicatrizou…
O teu abraço marcou
Da forma como apertou!

Tive-te, amei-te
E perdi-te!

Mas sempre te encontro,
Na brisa de cada manhã…
Ah!... tanta saudade
Daquele tempo
Em que te amava em liberdade
Em que não sentia esta ansiedade…

Sou... (By me)

Fui o grito
Nunca ouvido,
Uma voz
Nunca escutada,
Paixão incontrolada,
Razão nunca explicada!

Fui o toque
Que nunca fui,
O sopro
Nunca sentido,
Fui o fogo
Nunca aceso,
Fui o vento
Em dias quentes!

Fui amiga compreensiva,
Amante amadora…
Fui ouvinte
Nunca escutada,
Fui uma alma
Quase esgotada!

Fui inventora
Do meu caminho,
Daquele que não segui,
Fui doutora do meu destino,
Daquele que consegui!

Fui os livros que não li,
As canções que não ouvi,
Fui letra rabiscada,
Fui tudo o que não vi!

Fui lágrima que chorei,
Fui os sonhos que sonhei,
Fui mágoa desesperada
Fui história nunca contada!

Fui guerreira numa batalha,
Batalhei contra uma guerra,
Vencedora de todos,
Perdi sempre
Comigo mesma!

Sou sorriso
Aberto e feliz…
Sou beijo
De amor…
Sou abraço apertado
Daqueles que me amam…
Sou criança adolescente,
Sou menina mulher,
Sou sangue
Cheio de força…

Sou um passo não seguido,
Mas uma caminhada
De muitos outros,
Sou… mas não sou…

Sou paixão,
Sou amor,
Sou amizade,
Sou liberdade…

Sou actriz,
Sou figurante,
Protagonista
Da minha novela!

Sou…

sábado, agosto 18, 2007

Hoje Não Terei Medo (By me)

Não me lembro
Do primeiro dia em que falei Contigo,
Nem sequer sei como foi…
Não sei o que Te disse,
Não sei se ouvi a Tua resposta…
Não sei sequer porque o fiz…

Não me lembro
Daquilo que senti
Quando pela primeira vez
A Tua voz ouvi…
Não sei sequer
Se percebi…

Mas lembro-me
Da primeira vez
Em que senti o teu Amor…
Aquele amor
Que há já tanto tempo me davas,
Mas só naquele dia
Eu quis receber…

Lembro-me que eu chorava,
Recordo tão bem…
Era um daqueles dias
De plena adolescência,
Em que uma tempestade,
Causada por uma gota de água,
Estragava a minha vida
E me fazia crer
Que o mundo acabava ali,
Naquele momento…

Sussurrei algo baixinho,
Entre os soluços do meu choro calado…
Tive medo quando chamei por Ti,
Achei que estarias demasiado ocupado
Para ouvir uma miúda
Num pequeno desespero…

Recordo-me que algo aconteceu
Mas só eu dei por isso…
As minhas lágrimas secaram
E imagens de coisas boas
Da minha pequena vida
Surgiram na minha mente…
Não entendia o porquê
De pensar em coisas boas
Naquele dia,
Naquele momento…
Afinal de contas
O mundo estava a acabar
Para mim…

Mas era mais forte que eu,
E comecei a sorrir,
E por entre a humidade
Que havia na minha face,
Uma gargalhada soltei…

Foi naquele dia…
Lembro-me bem…
Foi naquele dia
Que descobri o teu Amor,
Descobri que eras Tu o Amor…

Confiei em Ti,
Entreguei ali,
Nas Tuas mãos
Toda a minha vida…
Sabia que tomarias
Bem conta dela…

E depois…
Já foram tantas as vezes
Que Te falei…
As que contigo Chorei,
As que contigo ri,
As que contigo amei,
Aquelas em que sofri…
Todas aquelas
Em que nas tuas mãos
Me entreguei…
Tu olhas-me
E logo eu sorrio…

Só Tu conheces
As lágrimas
Que em noites longas
Correm pela minha face
Desde a janela do meu quarto
Até ao chão cinzento
De cimento,
Velho e pisado do meu quintal…

Só Tu conheces
A plenitude,
A pureza,
A vida do meu sorriso…

Só Tu conheces
Todos os meus passos,
Os certos e os errados…

Só Tu,
Com o teu Amor
Que és Tu mesmo,
Compreende e aceita
Os meus defeitos,
E me consegues Amar assim...

Hoje,
Talvez mais uma lágrima
Corra pela minha face…
Esta, porém,
Não chegará aquele chão,
Velho do meu quintal…
Pois Tu estarás a meio caminho
E a apanharás com a Tua mão…
A passarás pela tua própria face
E com um olhar e um sorriso
Que só eu sentirei
Me dirás
Com uma voz
Que só eu ouvirei:
“estou a teu lado,
tudo ficará bem!”
E eu confiarei
“Ainda que mil outras vozes,
corram muito mais velozes
para me fazer parar!”

Contigo,
Confiante eu Digo
Que Hoje não terei medo!



Aquele olhar (By me)

Era um olhar
Que se fixava em mim,
Parecia seguir-me,
Parecia saber
De toda a minha vida…

Era aquele olhar
Que se misturava no meu
E fazia acreditar
Que os dois
Eram só um
E nunca se iriam separar…

Era como o mar,
Infinito e profundo…
Sabia fazer-me sentir bem,
Sabia como me agradar,
Confortava-me
E nunca me deixava chorar…

Era como uma caminhada,
De mão dada
Sem destino…
Percorrendo a minha vida,
Sabendo os meus pensamentos…
Compreendendo os meus medos...

Aquele olhar…
Tão fixo,
Tão seguro…
Aquele que me amava,
Que sei que ama ainda…
Aquele olhar
Que eternamente
Me amará…

Um olhar
Que para sempre
Meu será!

Para dois amigos! (By me)

Não passava de algo banal…
Não passava de um amor inocente,
Uma paixão risonha
Em que duas crianças,
Tinham, apenas, banais brincadeiras…

Tudo era mágico,
Ainda que uma magia banal,
Aquela magia criada na mente
De simples crianças…

Era aquela magia
Em que tudo é possível,
Em que não há limites,
Em que a distancia não existe,
Em que a saudade é vivida
Entre sorrisos,
Em que a saudade
É apenas mais uns tempos,
Em que a falta não magoa…

Eram sorrisos que se soltavam,
Abraços que os amarravam,
Beijos que se beijavam
Mas apenas momentos passavam…
Momentos que se viviam
Como que sonhos
Em que viajavam,
Sem pensar em consequências…
Palavras banais
Não pensadas,
Apenas sentidas…

Foi um sonho
Por vezes realizado,
Por vezes bonito,
Por vezes rido,
Por vezes chorado…
Foi tanto,
Mas será que algo foi?

Foi a esperança
De um ficar junto do outro…
Foi… Foi belo…

Hoje amigos…
Hoje…
Palavras já não banais são,
Sorrisos já choros são…
Brincadeiras inocentes não há…

Tudo é dilema,
Tudo é indecisão…
Para ser,
Abdicação teria de haver…

Tudo era simples,
Tudo era sonho…
A felicidade
Criava-se na facilidade…

Mas tudo é complicado,
Tudo é real…
A felicidade
Cria-se agora na dificuldade…

Sorrisos que continuam maravilhosos…
Olhares que os deixam nervosos…
As suas vozes que os levam à loucura
De pensamentos distantes…

Tudo o que foi,
Aquilo que é
Mas que não é...
Aquilo que seria…
Aquilo que se sonha,
Que se imagina,
Que vai no vento
Para parte incerta…

Aquele amor,
Paixão inocente
Que já não o é…
Aquele desejo
De viver intensamente…

Aquele medo de amar sem fronteiras,
A indecisão…
O ir e o não ir,
O ficar ou partir…

A alegria do ficar,
A tristeza do não ir…
O pensamento…

Presos um no outro…
O ser dois
Ou o transformar
Em um só!!!